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a coragem de escrever seu próprio livro

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  essa semana, ouvi que “aqueles que querem ir para o céu e serem abraçados pelo amor divino devem renunciar ao amor homossexual” . em tempo: o termo que prefiro usar para descrever o amor entre pessoas do mesmo gênero, é homoafetivo, que foca mais no sentimento e a conexão afetiva e emocional entre pessoas do mesmo sexo, do que à atração sexual. eu achei que estaria mais preparada para ouvir isso, porque eu sou bem calejada desse tipo de afirmação. talvez me machucaria menos se tivesse vindo de uma pessoa que não me importo, mas veio de uma pessoa que convivo diariamente e que, até o momento, acreditei que celebrava o meu amor.  para ser justa, quem entrou nesse assunto fui eu . estávamos em um papo sobre a religião e o estado, e eu disse que entre os cristãos, existe uma mania de achar que a bíblia deve ser seguida por todo mundo, indiscriminadamente. que para algumas pessoas é somente um livro escrito há mais de 2 mil anos, e que é irônico ser “mais fácil justificar comer c...

diga-me com quem andas e te direi quem és?

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vivo em uma constante autoperseguição para descobrir quem eu sou. talvez motivada pelas influências que tive de pessoas me moldando à revelia, eu tenha tornado esse o meu hiperfoco: saber se estou sendo eu ou performando aquilo que me foi ensinado. uma vez, uma amiga me disse que somos a média das cinco pessoas com quem convivemos . essa é uma teoria do escritor americano Jim Rohn*, que diz que o meio em que vivemos inevitavelmente influencia nossas ações, pensamentos e sentimentos, refletindo em todas as áreas da vida pessoal e profissional. em tese, ele diz que se cercar de pessoas saudáveis, inteligentes, desafiadoras e interessantes provavelmente o tornará como as pessoas que você admira. e o oposto também é verdadeiro: você deve se afastar de pessoas negativas e que não estejam alinhadas com o seu propósito e valores. *Jim Rohn foi um empreendedor, autor e palestrante motivacional norte-americano. apresentou seminários ao redor do mundo por mais de quarenta anos e escreveu 25 obr...

34 anos e não sei o mínimo sobre dinheiro

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  como a maioria das pessoas, não aprendi nada sobre finanças na escola e nem em casa. vivi muitos anos com pouco dinheiro e, entre primo pobre e primo rico, o Primo Trauma foi meu professor. passei por períodos em que faltava o básico, enfrentei privação e restrição alimentar… algumas vezes por falta de entrada de dinheiro e outras por má organização e planejamento. em momentos de escassez, a criatividade foi minha aliada . ser filha da minha minha mãe me salvou muito nesses momentos. aprendi desde sempre a fazer a comida render, a criar pratos diferentes com pouco. passada a era dos momentos complicados, casa e comida passou a ser minha prioridade. a ansiedade de ver a despensa esvaziando virou um mega gatilho e uma coisa que precisava evitar a qualquer custo, então estocar comida passou a ser meu mantra. qualquer trocado que sobrasse, eu revertia em alimento. nunca poupei!  eu gastava tudo o que tinha , desde que o teto estivesse pago e geladeira cheia por mais um mês....

cuidando da nadya do futuro

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  há 4 semanas, comecei a deixar as comidas prontas para a semana - e eu não imagino mais a minha rotina sem isso. o caminho para tomar a decisão de me preparar para passar o domingo na cozinha foi: ●  insight na terapia que me fez entender que eu caía no  delivery mais por cansaço, do que por gula; ●  consulta com a nutricionista para criar um plano alimentar que me ajudasse a perder os 20 kg que preciso para a cirurgia; ●  botar meus gastos no lápis e ver que eu escolho todo mês ser uma fodida; ●  e mais uma vez, frustração de ver comida estragando na geladeira. eu cheguei à conclusão que o meu maior problema era a falta de planejamento , porque se eu gosto de comer saudável, se eu tenho um plano alimentar agora com as quantidades certinhas, se eu posso tenho condições de trocar o VR pelo VA, se eu cozinho bem e adoro a minha comida e se eu posso ter controle do que tá perecendo na geladeira... era só tomar uma atitude. eu poderia comprar marmitinha pro...

saindo da festa à francesa

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comecei a questionar o impacto das redes sociais na minha vida antes mesmo da pandemia. e com o passar do tempo, estou cada vez mais convencida de que as redes sociais não são mais para mim. no orkut , eu era uma coitada. eu quase convencia as pessoas a me mandarem scraps e depoimentos para montar meu museu do desespero por ser amada. mas foi no facebook que eu realmente descobri a validação online. ele me deu tudo o que o twitter não quis. meu sonho adolescente era ser uma tuiteira hypada . por muito tempo, eu emulei a personalidade da @desanuvio. nunca hitava : já existia uma desanuvio... e das boas! além disso, ela lidava com hate de uma maneira que eu nunca conseguiria. o facebook foi onde eu descobri os grupos de feminismo, e um mundo se abriu para mim. foi mágico encontrar uma comunidade de pessoas que sabia dar nome aos meus incômodos de toda uma vida. no perfil, eu podia ser a nadya agradável para a família, e nos grupos eu podia ser feminista, ter consciência de classe e m...